Quaresma, conversão e Evangelho. Eis as três palavras que surgem do pó, nesta quarta-feira de cinzas.
É verdade que vêm com três semanas de atraso, mas as palavas quaresma, conversão e Evangelho, permanecem, ou pelo menos deviam permanecer, bem presentes na memória de cada um.
É verdade que vêm com três semanas de atraso, mas as palavas quaresma, conversão e Evangelho, permanecem, ou pelo menos deviam permanecer, bem presentes na memória de cada um.
Com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho", cada um se deixa marcar por uma cruz de pó. Sim, é uma marca de cinzas que fica, para que cada um se lembre que aquele momento convida a viver a quaresma como uma transformação interior, como uma conversão do coração.
Que conversão é esta?
Uma conversão que provenha da abstinência de atos egoístas e do fechamento em si, e se passe a refletir no acolhimento do outro.
Uma transformação que resulte, tal como Papa Francisco lembra, de um jejum de pessimismo, de palavras negativas, de descontentamento e de raiva.
Uma mudança que brote do coração e jorre atos de amor.
"Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás", mas se ao pó chamares amor, então, cada um é convidado a lembrar-se que é amor e que ao amor voltará, porque, tal como o pó, o amor é frágil, e é na fragilidade humana que cada um deixa transparecer as mudanças que precisa deixar acontecer para ser feliz.
Esta marca de pó abre o coração ao perdão e ao que de melhor cada um tem. Quaresma são quarenta dias de um caminho, por vezes penoso, que ajuda a centrar-se no essencial, ou seja, no amor.

Aquela cruz foi um momento de acolhimento no coração do outro, algo que só é possível pelo amor que o Evangelho anuncia.
Assim, de uma noite feita de símbolos, sinais e gestos, nunca é demais recordar, que este dia desafia a uma conversão ao amor.
Até já! (Essa cruz na mão, pode querer dizer que o amor é exigente e se revela em ações concretas.)
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