Um dia um anjo recebeu uma bússola, não sabia o que fazer com ela nem porque alguém o tinha presenteado com tal objeto. Seguiu viagem e foi voando de nuvem em nuvem, de coração em coração, vagueando no espaço e no tempo. Na realidade não se sentia bem em lado algum, talvez nem soubesse o que procurar, nem onde ficar. Se havia palavra que perdera sentido era "regressar", pois estava sem chão e apenas lhe apetecia voar, viajar, galgar montanhas e colinas.
Nesta viagem há um momento em que se depara com uma muralha, tão grande que não podia passar por cima, tão larga que não conseguia contorná-la. Sem saber o que fazer, decide dar alguns passos atrás e pegar na bússola, repara que ela teima indicar uma direção, é aí que junta o Norte ao sentido da muralha e percebe que há outras direções para descobrir.
O anjo decide arriscar e procura aquilo que não sabia que tinha que encontrar nas outras direções. Percebe que o importante não é o Norte, mas o sentido que ele dá à vida de cada anjo, já que apresenta novos caminhos e alternativas. Seguiu viagem e nela encontrou razões para ser feliz e "regressar".
Uma coisa é certa, todas as bússolas indicam o norte, mas nenhuma sabe o caminho, apenas o sentido, quem a tem na mão é que tem que saber o que fazer com ela.
Será que a procura é assim tão importante? Talvez, mas torna-se fundamental tomar consciência "do" sentido, só assim se pode encontrar o que a nós está "destinado", o AMOR.
Até já! E boa viagem.
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