Dia do pai

Pode parecer que é mais um dia para lembrar, certo?

Mas lembrar o quê?... Lembrar quem?

Não podemos generalizar o dia do Pai como o dedicado a ele, pois há muitos filhos que sentem grande angustia e amargura pelo "seu" pai. É algo a que tenho procurado estar atenta e que reforça a minha sensibilidade para a descoberta e o despertar dos afectos.

Impressionante quantas crianças estão longe da figura paterna, não geograficamente, mas emocionalmente ... faz pensar.

Ao preparar o dia do Pai não me empenhei para que os meninos fizessem grandes coisas, mas que as fizessem com o coração e com muita sinceridade. Antes de lhes mandar fazer "um mimo para o pai", pedi a cada um que partilhasse o que mais gostava de fazer com o pai e o que sentiam, mas tive de fazer, a uns quantos, uma outra pergunta: o que desejavam encontrar no "seu" pai, caso estivesse presente nas suas vidas.

Todas as crianças partilharam o que sentiam e dedicaram alguns minutos a fazer um cartão, cada um escreveu o que gostaria de dar ao pai ou de "lhe pedir" ... fiquei surpreendida com tanta sensibilidade e sinceridade.

Mais importante, não foi fazer coisas, foi fazê-los pensar no que sentem e no que desejam para as suas relações com os pais ... torná-los mais exigentes para o AMOR.

Chego à conclusão que o dia 19 de Março é o dia do FILHO ... pois sem ele, o que significaria a palavra: PAI? Mais, quando o filho faz uma prenda e a dá ao seu pai, está à espera de quê? ... Acima de tudo, de um momento bonito entre os 2, tornando este dia num dia de AFECTOS.

Até já!