terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Boneco de neve



O pequeno boneco de neve olhava pela janela, temia a luz do sol, mas sonhava por aquela janela. 
Janela aberta ao coração gélido, que fazia sorrir miúdos e graúdos.
Para aquele pedaço de neve, os olhos eram a porta do coração.
A vida que nele podia despertar necessitava que o boneco de neve se deixasse transformar pela alegria que dele nascia e que os outros contaminava. Só assim se fazia gente.
Quantos corações gelados são pedaços de gente?
Quantos precisam de ser aquecidos, para que também possam experimentar a alegria de abrir as portas do coração?
Não se pode fugir ao calor e à luz, só eles devolvem o essencial.

Até já!

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