quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ninguém merece


O sofrimento atroz de tantos filhos leva-me a perguntar, onde estão os pais?

A solidão tão cheia de angustia de tantos jovens, leva-me a questionar o caminho que farão?

Como abrir portas a esta gente grande, que se agiganta face aos problemas e que cresce na procura desesperada de esperança e de felicidade.

Quem me dera ter a solução! A solução não parte de mim, mas pode passar por mim, enquanto viajante nesta terra. 

De que servem os nossos ouvidos, senão para fazer os outros sentir-se acolhidos e seres maravilhosos da criação.

Apesar de eu estar por aqui, muitos há que andam por aí .... quem me dera poder fazê-los sentir, nem que por momentos, um pouco melhor, devolvendo-lhes o sorriso e as razões para sonhar, sim, porque todos nascemos para ser felizes.

Até já!


terça-feira, 17 de novembro de 2015

A viagem ... deixa-te tocar

Pegar na mala e colocar-se a caminho!
Foi o que fez Ianoda, deixou tudo para trás e por horas fez uma viagem. 
As horas deram lugar a dias e até mesmo a anos, Ianoda passou por um monte, pelo coração e sempre em boa companhia.
A vontade de se deixar transformar, e de transformar o mundo à sua volta, fez com que se ficasse pelas migalhas, onde, com tão pouco, se saciou. 
Com migalhas percebeu que pode ser feliz "com" e à "maneira". 
Porque muda de lentes, nunca tão claro ficou o significado da expressão "Je suis", só mesmo "com" força tão grande e à "maneira" da simplicidade o "Je suis" sem "i" deu-lhe um novo sentido. 

No percurso depara-se com um laboratório, nele suscita a vontade de viver experiências que a conduzem ao centro do mundo, ao centro do coração humano, experiências com sentido único, o de "ida".
Numa das paragens percebe que a "medida do amor, é amar sem medida", algo que a lança numa viagem ao interior dela, onde se sente bombeada com o dom do Amor e da Vida.
De passaporte na mão prossegue a viagem e olha-se ao espelho, percebe a necessidade de encontrar a paz no que vem de trás, só depois se lança para frente "com" e à "maneira".
O que no rosto dela se via era reflexo de coração tão grande, pois só um coração assim faz brilhar um sorriso daqueles. 
Ela sabia-se convidada a ser feliz e, também por isso, sorria  e olhava para os outros. 

No final, Ianoda reconhece que o melhor da viagem foi a companhia.
Com ela sentiu-se tocada e, depois de um momento a sós, impulsionada a seguir viagem.
A viagem parece que durou anos ... quando regressou a casa percebeu que o mundo havia mudado, também porque ela estava diferente e porque ela é a "diferença que o mundo tanto precisa".
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Até já!