Um dia um cavalo marinho, mergulhando nas profundezas do mar à procura de refúgio, cruza-se com a sua boa amiga estrela do mar que continuava de olhar fixo naquela rocha. Desta vez, a curiosidade do cavalo levou-o a procurar saber porque é que aquele lugar roubava o olhar à sua amiga, foi então que percebeu que ela estava presa às memórias de uma outra estrela que tinha partido e não mais tinha voltado.
O cavalo marinho diz: - sabes, boa amiga, eu não vivo de memórias, vivo de sonhos.
- Mas não serão os sonhos alimentados pelas tuas memórias? Não serão eles que te dão esperança no futuro? - responde a estrela.
- Talvez, mas se nos fixarmos nas memórias nunca partiremos na busca dos sonhos, nunca viveremos o nosso presente na sua plenitude. Sabes uma coisa? Enquanto olhas fixamente para esse lugar, perdes o muito que se passa à tua volta e o muito que podes alcançar no intimo do oceano. Tal como as memórias, este lugar é uma passagem a que deves voltar sempre que quiseres sonhar a alegria de estar com os que mais amas e amaste, também eles te darão força para realizares os teus sonhos e criares novas memórias.
- Querido amigo, de facto a vida é uma passagem que deve ser vivida em toda a sua plenitude com muito amor.
Os dois amigos partiram, o cavalo marinho rumo ao fundo do mar e a estrela colocou-se a caminho da superfície para realizar um grande sonho, ver o azul do céu.
Ambos se despediram dizendo: até já.
ó lúcia, encontro aqui sempre coisas bonitas, obrigada por isso. espero que a estrela esteja feliz agora!
ResponderEliminarum beijinho, margarida