quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sair de si


«”Sair de si” é a pérola preciosa das nossas vidas. E aquele que nunca saiu da concha ainda nem sequer viveu. Quanto mais dou, mais recebo. Quanto mais procuro entender, mais me compreendo a mim próprio. Quanto mais ajudo, mais sou ajudado. E quanto mais me perder em benefício dos outros, mais me encontro.»

in " Não há soluções, Há caminhos"
P. Vasco Pinto Magalhães
Até já

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

construir vs crescer

 
Viver é muito mais do que ter raizes, é afundá-las e fazer crescer uma "carcaça" sensível e ao mesmo tempo resistente.
Neste crescer o ambiente e as experiências condicionam a forma como a árvore cresce, por isso não cresce sozinha, constroi-se simplesmente pelo desejo de se tornar mais forte e pela troca de "favores" com o seu exterior.
 
Se as raízes estão muito à superfície, de pouco valem, mas quando entranhadas vão construir um tronco capaz de transformar a seiva em frutos, os quais de nada servem senão quando dados aos outros.
 
Depois há aquelas folhas que têm que cair para dar lugar a novas e são elas que vão converter as impurezas do ar em algo que faz respirar.
 
Assim é o viver de cada um!
Assim é o crescer de cada pessoalidade!
Assim se constroi a identidade da pessoa Humana, a meio caminho de dentro para fora e de fora para dentro, como se de uma troca de "favores" se tratasse.

Até já!

domingo, 16 de setembro de 2012

Dizer

Se por um lado não dizemos tudo o que pensamos, por outro, nem sempre pensamos naquilo que dizemos.
 
Até já!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eli - sentir a viagem



Sempre que não sabe o que fazer, Eli, que em hebraico significa "O altíssimo", recorre à estrada, ao carro, só lhe apetece andar sem parar, cantar, berrar, chorar, sem que ninguém o veja.

Entra no carro e coloca a música alto, anda, anda, sem parar.

Cada km percorrido transforma-se numa procura de novos caminhos, novas viragens, novas soluções, cada cruzamento converte-se numa escolha, a paisagem vai e vem a grande velocidade, como se de cenas de um filme se tratasse, não dá para a apreciar ao detalhe, só sentir a viagem. Eli, ao longo dela, pára para dar abraços, como se de combustível se tratasse, são eles que lhe dão força para seguir até ao apeadeiro seguinte, mas há um momento em que chega ao ponto de viragem, em que tem que regressar e fazer marcha atrás.

Ao olhar para trás repara que não consegue ver tudo, tendo que recorrer ao sinal sonoro que o carro emite ao se aproximar de um obstáculo, é então que chega à conclusão que "só" olhar para trás não resolve, há que saber o que procurar nesse momento, para depois seguir em frente, o caminho já não passa por "Ali.
 
E se à paisagem der o nome, VIDA?
E a viagem se chamar CAMINHO?
Então, marcha atrás só pode ser PASSADO!
 
Até já! E boa viagem.

Relativizar e relacionar

 
 
"Uma grande tentação nossa é a de absolutizar. Pegar num acontecimento negativo e dizer: “é tudo assim”. Olhar um problema sério e não ser capaz de ver mais nada para além disso. Absolutizar cega e escraviza. O caminho é, pois, o de relativizar, não tirar do contexto, ver também o resto dos acontecimentos e, depois, relacionar com outras exigências. Relativizar e relacionar! Começa aí o caminho de paz.  "

in " Não há soluções, Há caminhos"
P. Vasco Pinto Magalhães
 
Até já!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O que nos moveu

Já alguma vez ouviste dizer que a vida é fácil? Nã.
E que o mundo é justo? ... Mas de que justiça falo? Aquela que temos de construir cada dia e que nos garante uma identidade de cidadão do mundo e de pessoa humana.
 
Cada dia que passa, à conta de uma crise que tem muitos nomes e origens, sentimos a ascenção da hipocrisia, em que apenas se sabe olhar para si, e quando digo "para si" não me refiro ao interior, mas sim para o próprio umbigo, aquele que um dia nos uniu a uma das maiores expressões de AMOR, a nossa mãe. Mas onde anda esse AMOR?
 
Julgo que não há pessoas com o "pacote" completo, não falo apenas dos que estão à minha volta, de mim falo, por isso lutamos todos os dias para SER melhor, pelo menos deviamos fazê-lo. É aqui que surge a urgente construção de pessoas integras, que saibam olhar à sua volta e tomar decisões fundadas no coração, na verdade, na justiça e no AMOR que um dia nos foi passado pelo cordão umbilical, o qual não é o centro de nós proprios mas uma passagem para o nosso coração.
 
Mas de repente há as lufadas de ar fresco. Surgem as conversas e nelas somos capazes de perceber os pilares da nossa vida, aqueles que conhecem os nossos olhos e neles descobrem o coração.
É nessa troca de falas que relembramos o caminho que escolhemos, de novo o coração se enche de esperança, pois de tanto dizer "confia" passamos a acreditar e a não baixar os braços.
 
O que nos moveu no inicio, é o que nos move agora, se calhar de forma bem mais apaixonada, mas neste caminhar, e neste olhar em frente, vai-se percebendo que todos os dias temos que encontrar algo de novo para se gostar, para se lutar.
 
Até já!