quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eli - sentir a viagem



Sempre que não sabe o que fazer, Eli, que em hebraico significa "O altíssimo", recorre à estrada, ao carro, só lhe apetece andar sem parar, cantar, berrar, chorar, sem que ninguém o veja.

Entra no carro e coloca a música alto, anda, anda, sem parar.

Cada km percorrido transforma-se numa procura de novos caminhos, novas viragens, novas soluções, cada cruzamento converte-se numa escolha, a paisagem vai e vem a grande velocidade, como se de cenas de um filme se tratasse, não dá para a apreciar ao detalhe, só sentir a viagem. Eli, ao longo dela, pára para dar abraços, como se de combustível se tratasse, são eles que lhe dão força para seguir até ao apeadeiro seguinte, mas há um momento em que chega ao ponto de viragem, em que tem que regressar e fazer marcha atrás.

Ao olhar para trás repara que não consegue ver tudo, tendo que recorrer ao sinal sonoro que o carro emite ao se aproximar de um obstáculo, é então que chega à conclusão que "só" olhar para trás não resolve, há que saber o que procurar nesse momento, para depois seguir em frente, o caminho já não passa por "Ali.
 
E se à paisagem der o nome, VIDA?
E a viagem se chamar CAMINHO?
Então, marcha atrás só pode ser PASSADO!
 
Até já! E boa viagem.

1 comentário:

  1. o para-brisas é muito maior do que o retrovisor, para nos lembrar que o caminho não é de marcha atrás :)

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