O que fica desta visita Papal ao nosso Portugal?
Não pude estar presente em nenhuma das suas manifestações públicas, mas posso tirar variadíssimas conclusões:
1º) Nós "comemos" tudo o que a comunicação social nos vende com uma pinta do "caraças". Aquele que era um Papa distante e frio converteu-se numa figura mais ternurenta e reveladora de paz... talvez a minha opinião em relação a Bento XVI tenha mudado, porque na realidade nunca procurei descobrir o Pastor desta nossa Igreja. Se é verdade que não fui eu que o escolhi, também é evidente a minha confiança em Deus e nos caminhos que Ele escolhe para nós;
2º) Teimamos em comparar tudo e todos,... as pessoas, os gestos, as expressões faciais e um mais 100 numero de coisas ... não é possível, cada um de nós é único e cada momento irrepetível.
Escutei, numa das muitas reportagens que acompanhei via rádio, que João Paulo II era um Papa Emotivo e que Bento XVI é um Papa intelectual, talvez por isso se dessem tão bem;
3º) Das várias intervenções públicas, destaco a que fez no avião e a do encontro com a Pastoral Social.
Na 1ª soube olhar de "fora para dentro" e mostrar que temos que nos reconhecer, em primeiro lugar, as nós mesmos ... a Igreja tem que se olhar ao espelho, como confirmam as suas expressões: "A maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos mas nasce do pecado da Igreja ... a Igreja tem que reaprender ... a necessidade de justiça...".
No 2º falou de temas algo polémicos, com os quais muitos de nós não concordamos, mas que a Igreja tem que deixar bem demarcada a sua posição, tais como a defesa pela Vida e pela família.
Deixou-me algo tranquila, ao ler nas entrelinhas, uma maior abertura para nunca rejeitar os que não escolhem estes caminhos e que a Igreja os deve acolher com o mesmo Amor que a todos os outros.
Esta é a Igreja em que me revejo, uma Igreja de todos e para todos ... em que se fala uma linguagem universal de Amor e acolhimento imenso, onde podemos ir buscar sementes que nos façam crescer na fé e na alegria de partilhar, com muita generosidade, sorrisos e muita esperança, e onde fazemos as nossas escolhas livre e conscientemente.
Jesus Cristo é o símbolo maior da confiança dos valores Humanos, os quais devemos perceber nas nossas escolhas e converter para a nossa vida.
Uma família com o nome de "Figomaduro", durante este encontro, cantou uma música belíssima, que pode ser reveladora da paz e da esperança de uma Igreja mais responsável, acolhedora e activa neste mundo ... que é nosso.
Até já!
os media são um outro poder, com mais força que a Igreja (instituição), a meu ver. Poderiam ter dito e feito o que quisessem por estes dias, mas os media sabem ser bem mandados.
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