Olhar para Taizé e comparar a experiência de uma semana com um self-service ou um take-away pode parecer inadequado, mas não é descabido.
Ora vejamos! Ir a Taizé não é como ir a um self-service, em que cada um se serve do que quer, quando quer, como quer. Por outras palavras, em que cada um decide pôr em prática um projeto centrado em si, escolhendo quando rir, quando chorar, o que sentir, quando e quem abraçar, ..., tudo isto são coisas que não devem sair de si de forma controlada, se assim for, está a condicionar-se experiência e a viver o seu plano e não o que Deus tem sonhado para si. É aqui que entra o take-away.
Numa semana em Taizé cada um tem a possibilidade de pegar no que Deus lhe concede/ desperta no coração, e levar isso para casa.
Em Taizé não és tu que te serves, é Deus quem te dá tudo pela oração, a simplicidade, os olhares, as conversas, os gestos e o silêncio. É Ele que te toca, por isso, para que Deus te sirva o que mais precisas, tens de Lhe dar espaço e ser capaz de O acolher.
Enquanto take-away, cada um chega, pára e é convidado a fazer uma viagem ao coração, à sua vida e à vida dos que lhe são importantes. E é aqui que Deus entra, como se de um drive-in se tratasse. É aqui que Deus faz "estragos" à dieta do amor e lhe junta novos nutrientes, bem saudáveis, como a generosidade, a misericórdia, o perdão, a alegria, ... .
Se no self-service cada um apenas se centra no projeto que quer para si, não deixando que nesse "serviço" entre Deus de forma clara, no take-away cada um é capaz de acolher o projeto que Deus tem para si e que se vai concretizar quando regressa a casa. Será um projeto em que cada um participa com sentido renovado e reforçado.
Ao fazer esta analogia não se está a dizer que Taizé é como uma cadeia de restaurantes, mas que alimenta muitos corações, alimenta.
Até já! (Há quem acrescente drive- through ou o gourmet ... cada um use a imaginação)
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