quinta-feira, 28 de julho de 2016

JMJ - Os jovens estão a ser Jesus

A JMJ já esta na máxima força.
Cracovia está irreconhecível, tanta é a cor e a alegria que invadiu a cidade. Escutam-se sons de festa por todo o lado e pode assistir-se a um desfile constante de bandeiras e entusiasmo.
Os transportes, sempre lotados, levam para os lugares das catequeses, do festival da juventude, dos atos centrais, todos os sítios são pretexto para viver a JMJ e ela está por todo lado.
Do despique das cantorias, surge a alegria de ser cristão e de, em cada esquina, ser possível abraçar o irmão através do sorriso. Das conversas mais fortuitas surgem as maiores surpresas, mas é no encontro com os nossos que mais somos tocados por Deus. É maravilhoso.
O Papa pede aos jovens para que sejam ruidosos em Cracóvia, para que mostrem a alegria de ser Cristãos, algo que deve ser levado para as cidades de cada um, porque o mundo precisa muito de olhares de Jesus e da alegria que d'Ele brota.
Os jovens estão a deixar-se guiar por Jesus perante os constantes desafios do Papa.
Os jovens estão a ser Jesus.
Os jovens estão a ser misericórdia.

Até já!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Voluntário com juventude, alegria e coração - JMJ

Não são preciso imagens para se perceber o que se vai passando em Cracóvia.
A cidade aperalta-se para acolher os peregrinos vindos de todas as partes do globo.
Com os voluntários já se começa a ver a cor da cidade a mudar e a sentir muita alegria.
Depois das formações de preparação, os voluntários nos tempos livres, vão conhecendo a cidade, para além do passeio, também é uma mais valia para a semana que se avizinha.
Os voluntários são uma espécie de "laboratório" do que vai acontecer, mas em escala reduzida. Eles já começam a estar mais familiarizados com a rede de transportes, os restaurantes que vão alimentar todos os que virão, a cultura polaca, os lugares, para além de identificar e sugerir situações que podem ter que ser melhoradas. Tudo isto permitirá estar mais à vontade e preparado para colaborar no bom acolhimento dos peregrinos.
Na passada quarta feira foi celebrada uma eucaristia para os voluntários e, ao longo da semana, para além de alguns momentos de preparação espiritual, têm havido vários momentos de um festival internacional. Devo admitir que, em tão pouco tempo, já se viveram momentos muito especiais e surpreendentes.
Das dificuldades que já se vão sentindo, não vale a pena falar, porque o que sobressai é a  alegria e a comunhão entre todos.
Até agora, nesta experiência, São João Paulo II é presença constante. Tudo nos tem falado de Deus e de superação com um sorriso, pelo que cada voluntário da JMJ deve sê-lo com juventude, alegria e com o coração.

Até já.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Os convocados para a Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia

No final da copa América e do campeonato da Europa de futebol, surge um outro campeonato que, pelas suas características, é distinto dos dois primeiros. Apesar de não ser uma competição desportiva, move multidões e coloca em campo os jovens católicos do mundo inteiro. Este evento é a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que será na cidade de Cracóvia, na Polónia, como já noticiado.

Convocados para este campeonato estão os jovens que um dia foram tocados por Jesus e, agora, querem partilhar tamanha alegria com os demais, abrindo as portas do coração para a experiência transformadora, que é reencontrar Jesus através dos outros e de alguns momentos pessoais com Ele. Para além dos chamados a participar como peregrinos, que são mais de 3500 de Portugal, também há alguns que são chamados a participar enquanto voluntários, portugueses serão 20.

Neste campeonato são mais de 11 em campo e o que está em jogo é aquela que se deseja ser uma experiência em que cada um treina a capacidade de acolher e de olhar para o mundo e para os outros, com o olhar de Jesus. Nesta seleção é Ele o médico, aquele que cuida e que sabe quem está em condições para jogar. Aqui não há espetadores. Deus surge como o grande treinador, que chama cada um a estar em campo com o coração aberto ao amor e à misericórdia. Faz, ainda, parte desta equipa técnica o Espírito Santo. É no mistério da Sua presença que sobressaem as descobertas pessoais e o que cada um pode melhorar, para colocar em jogo o máximo de si.

A arbitrar este campeonato está o Papa Francisco. É muito graças à sua atenção, aos seus gestos e palavras, que cada um joga na posição certa e da forma concreta. Neste ano Jubilar da Misericórdia o Papa já nos habituou aos cartões amarelos e vermelhos, que alertam todo e cada um a fazer o que deve no mundo. Mas também é um Papa que deixa jogar e desafia cada um a colocar-se por inteiro no campo, dando o seu melhor e, depois, levar para casa mais do que uma taça, o coração cheio de Jesus, de misericórdia e de amor.

A bola escolhida para este encontro é a Palavra de Deus. Para ela todas as balizas devem estar escancaradas, permitindo que entre no coração de cada um, evitando o recurso à marcação de grandes penalidades.

É por tudo isto que cada um dos convocados tem de estar em campo sem medo de se deixar tocar por Jesus, sem receio de se deixar transformar pelo imenso amor que brota de Deus. 

Este é “o campeonato”, aquele em que se vence sempre. 


Do tej pory!

domingo, 17 de julho de 2016

Let WYD begin

Após um abraço à aniversariante, coloco-me à estrada, ou será, nas nuvens?
Avião nunca foi o meu forte, mas os muitos km's que separam este belo país, à beira Atlântico plantado, da cidade de Cracóvia implicam colocar de parte as fraquezas e abandonar-me nas mãos de Deus, O grande responsável por me meter nestas andanças.
Na companhia de "Fernando Pessoa" começo a viagem, logo me lembro do seu heterónimo, Ricardo Reis, "em tudo sê inteiro ... sê inteiro em casa coisa"
Ao entrar no avião cruzo-me com um grupo de cabo-verdianos que vão para a JMJ. Já cantam e, no meio da conversa, acabam por perceber que eu já fui a mais Jornadas do que o Papa Francisco. Tem a sua graça a constatação, nunca me tinha ocorrido.
Já no avião, vejo um casal espanhol a tentar que um deles trocasse de lugar, já que estavam separados. Como a Sra. estava a meu lado, disponibilizei o meu lugar ao Sr., só depois da troca me apercebi que mudei para a "1ª classe". Tive direito a mais espaço e digestivo. Em conversa com a hospedeira ela diz que "fazer o bem ainda compensa".
A poucas horas de ter saído de casa, já começou a valer a pena. Nunca tive dúvidas de que a história se escreve e os milagres acontecem quando entramos nas coisas de coração aberto.
E agora? 
Agora, o sim ao desafio que dê lugar à aventura e a dias de grandes descobertas.

Let WYD begin.


Do tej pory!

sábado, 16 de julho de 2016

Os jovens que participam na Jornada Mundial da Juventude

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia vai começar. O acontecimento esperado por milhões de jovens está quase de portas abertas. Nas horas que antecipam o seu início, são muitos os jovens que manifestam vontade de conhecer os desafios que o Papa lhes vai lançar e estão prontos para acolher essas propostas. Neles começa a esboçar-se o desejo de participar nesta experiência como um encontro especial, em que do testemunho e da simplicidade poderá sobressair o melhor deste acontecimento. Para os jovens que participam na JMJ é a possibilidade de ser um em Jesus. 

A proximidade que o Papa tão “teimosamente” está a procurar viver com as pessoas, parece querer inspirar toda a Igreja para que se aproxime da humanidade e faça frente a todos os seus anseios, sem medo. O entusiasmo associado à juventude, de que o Papa fala, é sinal de esperança para os jovens do mundo inteiro. Numa sociedade conduzida pelas coordenadas da globalidade, surge esta voz que “grita” ao coração humano, desafiando-o a deixar-se guiar de forma pessoal pelo testemunho e a vida de Jesus. Se é a autenticidade de cada pessoa que deixa marcas no coração humano e no mundo, a juventude que o Papa desafia deve procurar ser genuína e autêntica nos seus gestos e palavras, como um testemunho vivo de Jesus Cristo.

Desde a Polónia vêm notícias de que os Símbolos da JMJ - a Cruz das Jornadas e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani - já estão a culminar a sua peregrinação em Cracóvia. Também o ritmo de trabalho em cada área da preparação da JMJ está a acelerar à medida que se aproxima o seu início. Está a ser preparado o Festival da Juventude que para além de momentos musicais, culturais, terá presente o desporto. Também os espaços destinados a acolher e alojar os jovens vindos dos quatro cantos do mundo estão a ser ultimados.
Os trabalhos no Campus Misericordiae, lugar onde o Papa Francisco se irá encontrar com os jovens na Vigília de sábado e na Missa de Envio de domingo, fica localizado em Brzegi, a cerca de 12 km da cidade de Cracóvia. O facto deste local ser um pouco distante do centro, tem subjacente o caráter espiritual implícito na peregrinação que os jovens farão. Também a segurança está a ser tratada pelos órgãos competentes, por forma a eliminar todos os riscos e a maximizar a segurança dos peregrinos e do Santo Padre.

Os voluntários já se encontram em Cracóvia, em formação, para se prepararem para as tarefas que vão desempenhar. No caso concreto dos voluntários de Portugal, ficarão alojados com os irmãos da Espanha e da América do Sul, junto ao Santuário de São João Paulo II.

Nada está a ser deixado ao acaso nesta XXXI JMJ. Ela não deve ser vista como um simples encontro religioso para a juventude, mas como espaço de trabalho do Espírito Santo.

Do tej pory!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Jornada Mundial da Juventude - Uma mensagem para alguns, um recado para todos (Mensagem para a XXXI)

Em pleno ano Jubilar da Misericórdia, os jovens do mundo inteiro são convidados a viver o seu Jubileu na cidade de Cracóvia, na Polónia, terra natal de São João Paulo II. Aquele que foi para muitos o Papa dos jovens, parece ter despertado várias gerações no caminho da fé. Os seus sucessores, talvez porque tenham sentido que estas Jornadas podiam trazer um sentido renovado à vida dos jovens, deram continuidade a este projeto que, no presente, parece ser uma necessidade da própria juventude católica.

Para Cracóvia, em julho de 2016, os jovens são impulsionados a caminhar pelas palavras de São Mateus, “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia”, elas são ponto de partida desta Jornada e o centro da mensagem do Papa Francisco para a que será a XXXI Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O Papa convida cada um a viver este tempo do Jubileu da Misericórdia como um “tempo extraordinário de graça, no qual se deve recuperar uma relação boa com Deus, com o próximo e com a criação”, permitindo que todos abram o coração ao que está à sua volta. Ser-se misericordioso como o Pai, lema deste Jubileu Extraordinário, tem um alcance humano extraordinário que parece ser demasiado difícil de alcançar. 

Na mensagem escrita a pensar nos jovens o Papa recorre a duas imagens presentes no Antigo Testamento para explicar o significado de Misericórdia. Começa por usar a imagem de um Deus que ama e perdoa sempre, face à Aliança que tem com o Seu povo, e depois remete para a imagem de um Deus que tem um imenso amor pelo Seu povo, o qual só pode ser comparado ao amor que uma mãe tem pelo seu filho. E é a partir desta última que o Papa lembra os jovens que “um amor assim implica criar dentro de cada um espaço para o outro, sentir, sofrer e alegrar-se com o próximo”.
Para o Papa “a alegria de Deus é perdoar”, palavra-chave de um coração misericordioso. Sua Santidade lembra que a “misericórdia de Deus é muito concreta, e todos somos chamados a fazer experiência dela pessoalmente”. No entanto, para contemplar esta misericórdia cada um deve abrir o “coração com humildade e transparência”, pois Deus “antecipa-Se-nos sempre, e desde sempre nos procura e nos encontra primeiro”. Não é por acaso que o Papa se dirige a cada jovem, de forma pessoal, e questiona cada um se: “Já alguma vez sentiste pousar sobre ti este olhar de amor infinito que, para além de todos os teus pecados, limitações e fracassos, continua a confiar em ti e a olhar com esperança para a tua vida? Estás consciente do valor que tens diante de um Deus que, por amor, te deu tudo?”.
O Papa, nesta sua mensagem aos jovens, recorda que “a cruz é o sinal mais eloquente da misericórdia de Deus. Atesta-nos que a medida do amor de Deus pela humanidade é amar sem medida” e que através dela “podemos tocar a misericórdia de Deus e deixar-nos tocar pela sua própria misericórdia”. Destas palavras os jovens devem deter-se em Jesus como O “que deu a Sua vida por nós na cruz” e, neste gesto, cada um encontrará “sempre o amor incondicional que reconhece a nossa vida como um bem e sempre nos dá a possibilidade de recomeçar”.


O Papa Francisco associa a escolha do tema da XXXI JMJ com a Bem Aventurança da misericórdia, precisamente porque a “Palavra de Deus nos ensina que «a felicidade está mais em dar do que em receber»”, recordando-nos que, apesar de sabermos que é Jesus quem nos ama primeiro, “só seremos verdadeiramente bem-aventurados, felizes, se entrarmos na lógica divina do dom, do amor gratuito, se descobrirmos que Deus nos amou infinitamente para nos tornar capazes de amar como Ele, sem medida”.

Nesta sua mensagem, o Papa convida os jovens a redescobrir as obras de misericórdia corporais e espirituais, desafiando cada um a tê-las como “critério de autenticidade do nosso ser discípulos de Jesus, da nossa credibilidade como cristãos no mundo de hoje”.

Finalmente, o Papa termina dizendo que “Jesus misericordioso espera cada um e que tem muitas coisas importantes a dizer”, e que cada jovem deve fixar-se nos olhos de Jesus, sem medo, pois deles resulta um olhar cheio de “amor infinito, um olhar misericordioso, pronto a perdoar e capaz de mudar a vida de cada um”. É um olhar que é capaz de “curar as feridas da alma e que sacia a sede profunda que habita nos corações jovens”, uma sede de “amor, de paz, de alegria e de verdadeira felicidade”. 

O Papa Francisco pede aos jovens para que não tenham medo de ir ao encontro de Jesus e, quando isso acontecer, Lhe digam: “Jesus, confio em Vós”. É seu desejo que os jovens se deixem “tocar pela Sua misericórdia sem limites” e, desta forma, cada um se torne “apóstolo da misericórdia, através das obras, das palavras e da oração, neste nosso mundo ferido pelo egoísmo, o ódio e tanto desespero”.

Esta mensagem, que parece escrita a pensar em alguns, transforma-se num recado para todos os que desejam levar a “chama do amor misericordioso de Cristo – de que falava São João Paulo II – aos ambientes da vida diária e até aos confins da terra”.

Do tej pory!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Jornada Mundial da Juventude – Experiência que semeia esperança

Vive-se um tempo da história em que se dá primazia ao individual, em que a variedade de propostas impulsiona o interesse por falsas necessidades, as quais são acompanhadas de um crescendo de facilidades e de facilitismos. É uma época em que se valoriza a imagem e se ignoram valores como a família, o respeito e a aceitação do outro. 
É neste mundo das profundas transformações sociais e humanas que os jovens vivem e crescem. É, para eles, cada vez mais custoso traçar objetivos e escolher caminhos que apontem para um projeto de vida sólido e bem alicerçado. Mas, se por um lado é difícil, também pode ser encarado como uma oportunidade para contrariar a ideia de que os jovens paralisam perante as dificuldades.

Para o Papa Francisco é fundamental que os jovens não se transformem em ‘jovens-museus’, que têm tudo, mas não sabem o que fazer. É, por isso, responsabilidade da juventude intervir no mundo, transformando-o num lugar mais humano e generoso. 

Para os que acham que os jovens dão sinais de fraqueza, se distanciam do testemunho de Jesus, ou estão a perder a confiança nas suas capacidades de alterar a realidade, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ajuda a responder a estes receios. Ela revela-se sinal de esperança num mundo em que os jovens, impulsionados pelos valores do amor cristão e da fraternidade, se comprometem na sociedade com vitalidade e sentido de responsabilidade. 
Para muitos é difícil compreender o que leva milhões de jovens a viver um evento com as características da JMJ. Nela, a multidão das pessoas revela maravilhosamente a intimidade do amor e da misericórdia de Deus. Uma experiência desta ordem, para além de surpreender os jovens, faz brotar Jesus de forma especial no coração de cada um e, através d’Ele, dar um sentido renovado às suas vidas. 
Estes jovens que vão inundar a JMJ de Cracóvia são os mesmos que a sociedade classifica como conformados e incapazes de se colocar a caminho. Mas eles, em qualquer parte do mundo, seja individualmente, em movimentos juvenis ou através de grupos paroquiais, estão-se a organizar para descobrir nesta experiência algo novo e fundante. 

São milhares os que trabalham para angariar fundos que permitam custear as despesas inerentes à JMJ. Mas os jovens não podem abdicar de uma outra ação, a preparação espiritual, algo que cada grupo tem vindo a fazer de acordo com a sua realidade. Esta preparação não deve ser secundarizada, pois é muito graças a ela que a experiência da JMJ desperta uma vida nova nos jovens. Sem ela é como caminhar no vazio ou semear em solo pedregoso. Assim, se a angariação de fundos permite deslocar-se até à JMJ, a caminhada espiritual dispõe o coração de cada participante para a sementeira que este encontro de jovens pode proporcionar, deixando vir até si Jesus.  

Ir à JMJ não chega, é preciso vivê-la de coração aberto para acolher as surpresas de Deus e depois regressar com vontade de colher o muito que lá se semeou, porque o “fruto que se colhe é sempre maior do que a semente que se plantou”. Por isso, torna-se importante fazer referência a todos aqueles que, mesmo não indo à JMJ, colaboram e participam da sua preparação nos respetivos grupos de jovens e movimentos. Todos aguardam com serenidade o regresso daqueles que vão viver tal acontecimento para, também eles, poderem saciar o coração.
Se dúvida que a JMJ é uma experiência em que se semeia a esperança das futuras gerações e se colhe o melhor do coração humano.

Do tej pory! (Até já em Polaco)