Não me preocupam as pessoas que estão a nadar na abundância, mas as que se estão a afundar na miséria.Para onde estamos a ser conduzidos?
Para onde estamos a ir?
Até já!
Num mundo das coisas grandes, deixamos de valorizar as pequenas maravilhas que se escondem nos detalhes de cada dia.
- Depois de semanas a fio de chuva, os caudais do rio teimam invadir as planícies e ultrapassar os limites que a natureza lhe foi impondo, transformando a paisagem.
O que vale são os jardineiros, esses zeladores da beleza natural, cuidam e fazem vingar a força natural das flores, anulando a energia negativa que a erva daninha transporta e que pode provocar danos irremediáveis na natureza à sua volta. A flor, com a ajuda do jardineiro, irá persistir no caminho da beleza e crescer sem limites, pois o único limite da natureza é ela própria.
A liberdade de que goza a natureza é extraordinária, as plantas crescem na busca do sol, o mar é trazido a terra pelas ondas, que vão e voltam para refrescarem a areia, a chuva e o vento parecem ter vontade própria. É do interior da natureza que vem a liberdade, nas pessoas não é muito diferente.
Páscoa é vida nova, convida à transformação interior e à procura de uma liberdade absoluta do que nos prende, nos anula e nos faz mal.
Um dos grandes momentos deste encontro foi a oração partilhada com o Papa Bento XVI na praça de S. Pedro, onde fomos interpelados pelas suas palavras: "Cristo não vos afasta do mundo. Ele envia-vos aos
sítios onde falta a luz, para que a leveis aos outros. Sim: todos vós sois
chamados a serdes pequenas luzes para os que estão à vossa volta. Através da
vossa atenção a uma repartição mais equitativa dos bens da terra, pelo vosso
empenho na justiça e por uma nova solidariedade, ajudareis os que estão à vossa
volta a compreenderem melhor como o Evangelho nos conduz até Deus e até aos
outros. Assim, com a vossa fé, contribuireis para que se erga a confiança
através da terra. "
Também o Irmão Alois "sacudiu" os nossos corações, lançando-nos numa abertura aos outros: "recusemos
fazer separadamente o que podemos fazer juntos. Visitemo-nos uns aos outros".